domingo, 13 de maio de 2012

Bipole

O Egoísmo de um cobarde.

Sei que anseias, ou, pelo menos tenho a esperança de estares também em angustia por ouvires as palavras por mim há já muito pensadas. Palavras revolvidas no meu caldeirão de sinapses confusas e revoltas pela atmosfera existencialista contemporânea, algo similar a outros períodos já vividos; mas o passado é absorvido e não vivido, e é por isso que a existência da humanidade é feita de ciclos repetitivos.

Certamente as palavras que eram as correctas a reflexão é como o Cyrano que com o seu nariz de mentiroso nos sussurra escondido atrás de um arbusto as palavras que tu queres ouvir. Muitos por pensam que o meu silêncio é cobarde e absurdo, o que eles não sabem que o amor é belo quando nos dá força para deitarmos tudo a perder para o conseguir, mas não sabem o quanto é cruel quando o conhecemos numa altura em que já não se tem nada a perder.

Confesso que tenho tido mais derrotas que vitorias na vida e que elas me tornaram num cínico capaz de tornar Schopenhauer crente. As derrotas podem ter-me tornado mais forte, mas muito mais fraco na felicidade que devia ser o viver. E é por isso que prefiro guardar os versos nos livros que nunca foram escritos mas pensados, e talvez um dia quando o tempo me ter tornado indiferente os te direi. 

Talvez a paixão me tenha tornado num vil cobarde egoísta...