quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Thoughts


Abafo
Não tenho a generosidade de um poeta
nem os mundos de um escritor.
Utilizo as palavras como clamor,
Dos pensamentos que fervilham
Pelos becos perdidos da mente.

Invejosos pelo seu torpor
Ignorantes insensíveis apelidam,
Esta nau catrineta
Como um manancial de disparates

O tempo julgará: Felizmente ou Infelizmente.

Nestas palavras devaneantes procuro conforto,
antes que os pensamentos se tornem dor.

Numa escrita fragmentada com voz de bagaço,
o papel branco assume a figura de um Porto:
De mais um pensamento torto...
De mais um desabafo...




Résteas

 

Com a ponta dos meus dedos suados,
Apalpo as resteas adormecidas e secas
Jazidas no frio caixão do meu bolso.

Um reflexo esquizofrénico
Um resultado paranóico
do insuficiente bolço.

Uma catástrofe à minha confiança,
enterrada e coberta de malváceas.

De um presente perfeito adiado,
preso na memória grita angustiado...

Arranho-me à procura de nímio conforto!
Numa sanfgria à  minha fértil imaginação:

- De certeza que a faria sorrir
e seu coração fechado ia abrir.
O seu sorriso iria-me fazer feliz.

Uma porta aberta para a felicidade!
um beijo a abençoar a eternidade!

Invés deste nó torto
alojado em frios quartéis,
amanhado por fertéis
e paranóicas conjecturas;
alimentadas pelo desconhecido
e suas loucuras torturas
do que poderia ter sido.

Nesta lide comportei-me como um aprendiz,
de joelhos trémulos, como velhos pêndulos,
não agi embaraçado pelo medo
do vazio dos silêncios nulos,
após a oferenda do presente perfeito.

Tranquei, fechei num fundo e negro alçapão
a possibilidade de desenvolver o enredo!

Para a próxima, derrotado - pensas tu
quando cheiras a desilusão das resteas.
- Os teus presentes porás a nú,
para viver memorias etéreas.










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