segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Thoughts


Presente
Sabes porque é que os homens oferecem rosas às mulheres? Os homens oferecem rosas às mulheres por causa dos espíritos que lá vivem, que despertam cada vez que uma mulher pega numa rosa.
Os espíritos adormecidos, acordam do seu estado de torpor para embarcarem numa odisseia.
Começam por atravessar o vale da incerteza, decorado por montes em forma de espinhos habitados por Hidras de Lerna que expelem o bafo venenoso. Para as poder derrotar, primeiro os espíritos com machados afiados por Ares, cortam as suas cabeças, de seguida queimam as feridas com um tição em brasa, impedindo-as  de a regenerar.
Após a conquista do vale, repousam em pétalas perfumadas, habitadas pelas musas que outrora habitaram no monte Parnaso.
Deitados nas pétalas são banhados pelas resteas da espuma de onde nasceu Afrodite. Revigorados partem dos seus formosos leitos, mais determinados do que nunca!
Adormecem as dores com seu perfume, dobram os cabos das tormentas,  derrotam adamastores, amolecem as almas que as medusas do destino empederneceram. Finalmente armados com os seus arcos apontam para o coração destroçado e disparam as suas flechas embevecidas pelo suor perfumado e encantado, curando todas as cicatrizes.
Para no final obterem o que as torna as mulheres deusas, o seu sorriso
No fim o objectivo não altruísta do homem é o de poder contemplar deusas!  
  
Ilha   
Nas suas caravelas navegam entre o mar cercado de escarpas negras, habitadas de algas que ficam por vezes presas na boca dos atrevidos marinheiros, Auxiliados pelo sopro interior de Bóreas retiram as algas que ficam presas nas suas línguas e com mastro sempre em riste atravessam as escapas negras em direcção de outra corrente tempestuosa. 
No inicio da corrente existe um remoinho que o forte casco do barco o engole afagando-o cuidadosamente com a ponta do casco o remoinho os marinheiros ultrapassam. A caravela navega agora calmamente nos ondas que desenham lábios no oceano e latejam com a passagem do navio.   
A caravela penetra agora num vale quente, humedecido e escuro que deixa os marinheiros num estado inebriante, adormecidos pelo prazer que o encanto do vale transmite. O capitão é desperto pela imagem de Afrodite reflectida no espelho que o avisa do feitiço que Hera lançou nesta paisagem de forma a impedir os marinheiros da sua viagem e ficar para sempre presos naquele vale. Rapidamente o capitão mostrou o espelho aos cinco melhores marinheiros para o ajudar a sair o mais rápido possível do vale antes que ficassem todos encarcerados eternamente no doce feitiço da venenosa Hera.  
Experientes e bem comandados os marinheiros conseguiram navegar a caravela e sair do vale. Ao sair do vale o resto da tripulação do estado extasiante despertou e aliviados ficaram quando o capitão do feitiço lhes contou. 
Seguiram viagem por um canal que visto de cima mais parecia uma racha, por causa dos dois montes que o ladeavam, no fim do canal encontrava-se a ilha, o destino do navio. 
Mas essa ilha estava protegida por Héstia a virgem que lá colocou um monstro de seu nome Adamastor que nenhum homem jamais o tinha conseguido derrotar.  Adamastor era um monstro feito de fumo negro e nauseabundo que cegava os tripulantes do navio, impossibilitando-os de navegar correctamente e conseguir atracar na ilha.  
Mais uma vez Afrodite veio ao auxílio dos valorosos marinheiros e através de Hermafrodito entregou ao capitão vendas que os protegiam do temeroso fumo que Adamastor exalava.   Confiante o capitão dirigiu-se a sua tripulação.  
- Homens vamos penetrar onde nenhum homem alguma vez penetrou, não tenhais medo os deuses estão connosco e nada poderá deter a nossa força de vontade.  Existe uma palavra que por nós não será pronunciada, NUNCA!  

Fontes de inspiração para a Ilha: Henry Miller, Charles Bukowski, Lusíadas e algumas músicas como:




entre outras...

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