terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Thoughts

Pessoas
Numa terra que lhe parece longínqua, num espaço que para lhe ser interessante a maior parte dele é imaginário, habita um rapaz, um rapaz que se sente pequeno, pequeno, pequeníssimo, apesar de ser grande. Sente-se pequeno por causa de momentos vividos, ou mal vividos, momentos que não o tornaram pigmeu por falta de dinheiro, objectivos, ambição, essa tralha materialista e primitiva já não lhe importa, mas por causa de momentos a nível de relacionamento com outras pessoas. Apesar de ele não ter dificuldades em relacionar-se com outras pessoas antes pelo contrário ele adora o contacto com outras pessoas, conhecer outras formas de pensar, gestos, dialectos, expressões, acredita que todo o individuo é único. Numa época ele estava feliz chegou a escrever o seguinte pensamento:

Se tivesse a possibilidade de ser Deus recusa-la-ia.
Se tivesse a oportunidade de ser uma estrela, recusa-la-ia.
A oportunidade mais bela que a vida me oferece é a de ser-humano.

Muita da sua ingenuidade perdeu-a com os pontapés na boca que a vida lhe foi dando ao longo do seu percurso, a leitura da obra de Kafka ajudou-o a compreender melhor as razões dos hematomas que por vezes sofria. Da sua leitura da obra retirou que os seres humanos não são perfeitos que a maior parte deles age por interesse próprio. O conhecimento da obra e as desilusões vividas nunca o prejudicaram no que toca a conhecer pessoas, devido a muito do relacionamento que tem com elas é superficial, também ele utiliza as pessoas para se divertir e passar o tempo. Ele sabe que uma vida de solidão e desconfiança, embora por momentos necessária leva a loucura o mais sólido homem se for constante.
No fundo o rapaz também sabia que era fútil e superficial afinal todo o homem é assim por mais inteligente, idiota, literato, analfabeto, todos possuem uma ponta de futilidade. 
Essa futilidade por mais parvo que pareça ser, ele extravasava junto de amigos, porque verdadeiros amigos conseguem ver além da futilidade que ele expressa nesse momento. 
Um dia ele conheceu alguém que pensou ser diferente que pensava da mesma forma mas que se expressava de maneira diferente, alguém que percebia a sua visão que a maior parte das pessoas que ele conhecia achava esquisita, ele então baixou as suas defesas mostrou a sua pessoa sem preocupações com a sua futilidade.
Falava com honestidade sem problemas o que lhe vinha a cabeça, um dia tudo mudou a conversa já não lhe interessa, as suas opiniões chateiam, o rapaz intrigado imagina o porque, mas não sabe mesmo qual foi a razão. 
Foi algo que ele disse, escreveu, fez ou não fez, uma mudança de cenário qualquer, que mais uma vez ele imagina e lá no fundo sabe o porquê, pois uma das características que o rapaz possui é a sua sagacidade, de conseguir pegar em duas décimas e somar um.
Para se sentir melhor, ele gosta de pensar que uma das razões é o facto de ser intimidador, a sua grandeza e honestidade assusta as pessoas!
O que lhe faz mais impressão é não receber uma explicação, a falta de honestidade, o silêncio gerado, ele sempre gostou da verdade por mais cruel que possa parecer ser.

As pessoas não são honestas faz-lhes confusão, hoje é mais fácil mentir, se mentirem não parecem tão más, não revelam o seu verdadeiro eu estão a camuflar a sua maldade "É para não magoar tanto" costumam dizer, tretas não querem é ouvir o outro lado, não o estão para suportar a isso rapaz chama-se falta de carácter.
No final qualquer pessoa age sempre a ter em conta primeiro o seu interesse nem que para isso magoe outras, o tempo faz-as esquecer das outras pessoas.
Não te preocupes rapaz, não te esqueças que todas as pessoas são assim, não vale a pena sentires pequeno, pequeno, pequeníssimo, lembra-te que não ages assim por isso és GRANDE GRANDE!

Às voltas anda a tua cabeça,
já sabes o resultado
mas mesmo assim.
Tentas, tentas...

Desistir não queres
sempre tentado
para saber qual o fim!
Tentas, tentas...


Por mais diferente que pareça
é tudo farinha do mesmo saco.
Mas gostas de o crivar!
Tentas, tentas...

A imagem mais que ilude,
a palavra esconde o asco, 
e com o acto desilude.
Tentas, tentas...

Tentas... 
para saber,
para sentir,
para sorrir,
para viver.

Sujeito a muitas melhorias, mas gosto de publicar ler e alterar.

E o momento musical:
 
 


Sem comentários:

Enviar um comentário