quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Thoughts


Silêncio

 
O silêncio eu detesto, prefiro o barulho bom ou mau, pelo menos quando estou acompanhado. Sei que há momentos em que o silêncio é a melhor opção, em momentos não na totalidade, também por vezes existe silencio que é compartilhado, partilhado não individualizado por uma parte.
O silêncio faz com que a minha cabeça navegue por planícies nada felizes, imagino sempre os tortos planos, os piores pensamentos que a outra parte está a magicar, este tipo de silêncio é como as costas de uma pessoa é inexpressivo. A ausência de expressão afecta a minha capacidade de julgamento, traz ao de cima a minha desconfiança na natureza humana, especialmente quando não espero este tipo de silêncio da outra parte, magoa o meu ego escondido que precisa de ser alimentado, fere o meu estúpido orgulho que por vezes me controla.
Preciso de ser alimentado ter retorno com palavras, expressões, comunicação senão o monstro que tenho escondido, cresce, desenvolve-se, apodera-se, toma controlo da minha boa pessoa e deixo de ser uma pessoa ensinada então atiro para magoar, destruir, são defesas primitivas da minha pessoa que pensa que assim não vai sair magoado, é o meu ego a querer sair por cima.
O silêncio mais que magoa e a razão atordoa. 
Pego na desvairada batuta como um maestro a toa
e dirijo uma enfurecida orquestra desalinhada. 
Na cabeça realizo vários dramas kafkanianos,  
planos surgem, desafinados continuam os pianos.
tudo por não compreender o silêncio gerado.
O monstro ergue-se alimentado pelo ego e orgulho,
tudo quero destruir como um vulcão irado.
Os dois jumentos fazem-me não ouvir nem ver nada,
enchem-me a farta e desconfiada cabeça de entulho.
Na escrita solto o lixo e a enraivecida besta,
a procura de uma epifania, explicação, resposta
um aliviar de pressão de toda esta confusão!




Sem comentários:

Enviar um comentário