Passei o dia tudo à procura da aurora
trazida pela gloriosa inspiração.
Passou o dia inteiro a fugir-me da mão,
Tão rápido aparecia como ia embora.
Ai queres brincar comigo,
eu que sempre te dei abrigo.
Vou fingir que não me importo
pode ser que assim atraques no porto.
Comecei por fazer tarefas banais,
para me distrair montei um móvel estante
a aparafusar e colar as madeiras verticais e horizontais.
Ela traquina, escondida continuava estanque.
Reguila, sussurrava umas palavras
eu feito velhaco não lhe ligava
a ver se a irritava e a apanhava
e triufante gritar - "Já eras"
Mas ela macaca pelos meus dedos escapulia
fiquei desesperado e já nada fazia,
o meu plano ordinário não funcionou
e este homem esguio ela derrotou.
Quem eu queria enganar
homens na vida são de curta perna,
quanto ela será sempre eterna
e escolherá sempre quem quer agradar.
Enriquece as palavras dos pobres escritores,
enobrece a visão dos cegos pintores,
e alimenta de melodias o esfomeado trovador
a todos eles agracia com o seu amor.
É a alma de um artista,
é a nobreza de qualquer ser,
sem ela nada ele conquista.
É o artefacto mais precioso que se pode ter.
A ti musa que abandonaste o meu coração
dedico-te estas secas frases,
no intento de afogares-me novamente de paixão
e vivermos de novo inspiradas fases.
p.s - tenho que parar escrever assim tanto e rever algumas coisas, especialmente quanto tenho o belo vício de em duas palavras cometer um erro qualquer ou comer uma palavra e trocar uma frase.
Amanhã devo ir ver o Alexander Supertramp!
"I knew all the rules, but the rules did not know me"

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