Domingo
Num espaço com uma vista azulada,
no chão predomina o verde
esburacado em certos espaços
por uma terra castanha enlameada.
As fronteiras são linhas brancas,
protegidas por guardiões gordalhaços,
chefiados por um guardião môr
que muitas transgressões
a sua tromba sonora perde.
Sobe então o alcoólico ardor
emergem as desvairadas paixões
e o cheiro a bifanas que paira no ar
é preenchido por sons de incentivo
ou insultos dados a improviso
servem de aviso
para o juízo ser mais acertivo
ou muita chapelada vais levar.
Se fechar os olhos e só ouvir
parece que estou num matadouro
rodeado de carrascos
a quem nunca os viram a sorrir.
Os inocentes animais lhes dão asco,
raivosos quer libertar a sua fúria
golpear até o sangue se transformar em ouro.
De quanto mais vale praticar a luxúria
neste domingo religioso
guloso de pecados
por todos quebrados.
p.s - mais exercício que outra coisa
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