Incompreensão
De repente tudo desapareceu,
desvaneceu.
O sopro da ausência,
criou uma sombra cinzenta
num céu generoso.
Substituído por uma aparência
de presença avarenta.
Um oceano preto chora,
as suas gotas
fulminam as frágeis
telhas do tecto.
Amaldiçoam a casa de mau aspecto.
Rodeada por jardins rugosos
de ervas daninhas salpicado,
já há muito que não é tratado.
Delimitada por muros irregulares
cobertos de musgo vil e viscoso,
os ventos que por la passam
transformam-se em ares
de perfume asqueroso.
As portas escancaradas
e tortas já não fecham.
Impedem qualquer inundação,
deixam a água entrar
e mais suja ir embora.
Nas paredes os retratos
que estão pendurados
são rachas provocadas
pelo peso dos seus actos.
O chão há muito desabou,
sobre os alicerces instáveis,
expostos ficaram agora
os vermes da traição.
Sentado na casa, está uma criança
desprovida de emoção,
sem qualquer crença.
Com a cabeça apoiada nos joelhos
esvazia os seus pensamentos.
Fixam o vazio os seus olhos
à procura de uma compreensão,
para a desfragmentação
dos seus sentimentos.
O sol voltará a entrar,
e a casa regenerar?
Poderão os seus raios prender
a incompreensão à solta?
p.s - Yeah I know WTF! É a incompreensão à solta inacabada e desfragmentada!
Alguém que sabe:
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