Mas como na história do malicioso Cervantes, estes dois princípios tão avessos, tão desencontrados andam contudo juntos sempre; ora uma mais atrás , ora outro mais adiante , empecendo-se muitas vezes, coadjuvando-se poucas, mas progredindo sempre...."
Almeida Garrett - As viagens na minha terra
(escrita) Sancho Pança (espírito) D. Quixote
Acabei de rever o La ley del deseo do Almodovar. Uma personagem do filme é um transexual, interpretado por uma mulher. Ao observar esta personagem, veio-me a cabeça muitas das conversas de café que surgiram no tempo em que a Roberta Close tornou-se mais uma estrela cadente que estão sempre a cair do universo televisivo. Nestas conversas acabava sempre por vir a baila a pergunta: "Vais-me dizer que não ias lá?!" - a pergunta geralmente é feita pelo homem que tem o espírito do "homem trolha" que perfura tudo o que tem buraco, homens que usam o palito a bambolear de um canto da boca para o outro, hábito que D. Rigoberto verdadeiro apreciador de mulheres, achava atroz.
Eu que em muitas coisas concordo com o gosto de D. Rigoberto. Acho o transexual um insulto à coisa mais bela que é concebida no mundo a mulher. Não por ser preconceituoso, racista, xenófobo, o completo rol de nomes/insultos que geralmente conotam esse tipo de pessoas. Eu nem sequer sou defensor da velha máxima proferida pelos pauliteiros labiais - "quantos mais melhor, mais sobra para a gente" - até compreendo que alguns homens se queiram transformar nesse ser belo.
O meu problema é a minha profunda admiração pela beleza da mulher e acreditar que todas as criações da natureza são claramente superiores às do homem. As poucas obras do homem que rivalizam com as da natureza são as pinturas e textos de verdadeiros homens que souberam retratar nas palavras ou na tela nos diferentes ângulos as emoções da mulher.
Também é da minha crença que o maior prazer que um homem tem durante o acto carnal partilhado com outra mulher, não é o jorrar do seu prazer físico, isso seria um insulto, o verdadeiro prazer para o homem evoluído é o contemplar do prazer que a mulher sente durante o acto.
O primeiro problema do transexual é que para ser uma mulher tem que ser alterado por outro homem, pelos horrores que a ciência por vezes traz, tornando-os mulheres com ombros de homem, as suas faces não conseguem esconder os traços masculinos com que nasceram e muitos para tentar disfarçar transformam a cara num balão de silicone. O segundo problema é o acto carnal, nunca conseguirão ter a mesma sensibilidade, isso e o facto de ser impossível tirar da da cabeça a forma como a pele rugada dos colhões são agora os matarruanos lábios e o que era antes um marsápio de veias azuladas é agora um ventre arrefecido.
p.s - ideia geral, tornar mais interessante!
Mais vale comer o texto:
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