domingo, 10 de abril de 2011

Thoughts

Solipsismo
so.li.psis.mo masculino
  1. crença filosófica de que, além de nós, só existem as nossas experiências

Li um artigo sobre os partidos de extrema direita estão a ganhar cada vez mais apoiantes na Europa do Norte.
Oiço as conversas de um típico homem do povo, comunista com 40 e poucos anos de idade.  Inocentemente apregoa as palavras: "Não me importa quem vá para o poder, por mim até podia ser o Hitler! Desde que dissesse que tinha uma solução para o país". - como é perigoso num adulto a inocência estar ligada à ignorância.
Converso com um idoso descontente com a nossa situação, diz-me já não ter orgulho em ser português, e fala-me do ouro que Portugal outrora já teve. - uma geração influenciada pela propaganda ditatorial.
Escuto os jovens, os que não votam,  encontram-se revoltados com esta situação e desesperados por uma solução, a eles respondo-lhes, que, uma revolução em democracia faz-se numa mesa de voto. - está na altura de assumirmos a responsabilidade!

Conclusão: Vivemos tempos perigosos, a maioria da nossa classe eleitoral está a sonhar, não com a vinda de um D. Sebastião, mas sim com o retorno de um ditador!


Esboços de Nascimento de um novo ditador:
Novo Ditador.



A Dama Liberdade Dançou!



Mocidade Economista




Sonho 
Decorria uma quase perfeita e normal tarde de sábado, quando de repente Carlos é assombrado pela necessidade de ver as horas. Uma rotina que ao longo da nossa vida vai sendo imposta, transformando-se num vício. Um vício que origina outros como o tabagismo e alcoolismo, vícios muito ligados ao tentar deixar passar tempo de uma forma mais confortável. Este vício é desenvolvido, por haver sempre um sítio para estar, um trabalho para acabar, por sempre termos um prazo qualquer a cumprir, que o diga a morte. Estamos constantemente a travar uma luta poética com a maldita agulheta; a encarar o velhaco olhos nos olhos e tentar assassina-lo antes que o tiquetaquear incessante dos ponteiros nos leve a loucura. 
Para piorar esta constante sensação de estar sempre a cada tique dos ponteiros lutar contra o tempo, o pobre rapaz vivia rodeado de objectos que o faziam lembrar constantemente das horas. Era amaldiçoado pelas luzes dos mostradores de dois monitores, três telefones e um telemóvel, sempre a lembrarem-lhe constantemente que a sua existência está acabar e ainda não fez nada de útil.

Carlos - Está na hora de utilizar a minha forma favorita de matar o tempo.  Ah, que belo é o som reproduzido pelo despertar de uma rolha de cortiça ao libertar-se da opressão do gargalo da garrafa de vinho. - Deita o vinho num copo, e lá fica só e sossegado com os seus pensamentos. 


Entretanto aparece o Pedro, Carlos sai já meio quente do buraco, pergunta ao Pedro se ele quer beber um copo, não se importando muito se ele aceita ou não o importante é encher o seu copo. Dirigem-se em amena cavaqueira ao local sagrado, tal e qual como se fossem amigos, como  se tivessem comunicado tudo o que tinham para dizer um ao outro nas alturas em que conviveram juntos e nada disseram.
Pelo caminho os seus olhares são abençoados por um dos mais belos poderosos e calmos descer de escadas. Era a leoa com um rugido de criança, que queria espreguiçar a sua lanzeira de meio da tarde no peito do Carlos, por lhe transmitir uma sensação de segurança nunca antes por ela sentida.

Inês - Então já estás acelerado?! – O seu sorriso encantava qualquer criatura. Ao vê-la sorrir daquela forma, Carlos percebia perfeitamente como é que os homens de antigamente narravam  proezas nunca antes feitas, travavam guerras, tentavam ludibriar e assassinar deuses, Afinal com ela ao seu lado, ele era Deus.
Admirava o seu sorriso não por ser perfeitamente geométrico e dono de uma moderna estética, mas sim por ainda conter dentro de si a inocência e a essência de uma criança. 
Pedro observava Carlos pensativo -  Este já caiu nas malhas. Mas ele também era um céptico!  Será que é este o verdadeiro destino de qualquer homem a face da terra, é melhor viver um momento de verdadeira felicidade do que passar a vida a pensar no que me faz feliz e agir como tal. Nem um cadáver fica indiferente ao sentimento que estes dois transmitem.

Carlos - Não sejas assim, tu sabes que eu dou-me bem da bebida ao pé de ti. (arranjar outra expressão)
                                                      

 Utiliza este espaço para deixares a tua resposta.



p.s - Lá estás tu a estragar a sinceridade da coisa.
Hoje em dia as pessoas tem que interagir pá! 

Carlos - Não sejas assim, tu gostas que o espírito de Baco inunde a minha alma da sua sabedoria, não fosses tu minha Tíade.
Inês - Ok traz-me um copo então.
Um copo parte-se, Carlos acorda de repente, olha para o estilhaços do copo partido, olha para os relógios e desabafa: Ai como eu detesto a Ironia trágica!

p.s Há sempre um contra-argumento

Não há ironia trágica que derrote
A capacidade de sonhar,
O seu sorriso tem esse efeito!
Já imaginaram, viver assim para sempre?!

Derrotar a constante necessidade
de tristeza, para se sentir vivo.
De certo modo viver assim,
É ser-se cadáver, sem medo da morte.

Não ter medo de sentir o mundo,
Não preocupar-se em ser feliz.
Não viver num mundo de aparências.
Sim!

Mergulhar para sempre num oceano,
onde a guilhotina do tempo é abençoada,
e as coincidências formam um belo destino.

Viver sem receio de dizer a verdade!


Caminho
Os caminhos são controlados por paixões.
A criança vai sempre pelo caminho mais longo, 
só para passar pela casa da sua apaixonada. 
Mas não a chama fisicamente, acredita antes 
na força da sua paixão, se ela não for suficiente 
para ela a sentir e aparecer a janela.
É porque ela não merece ser sua amada.

Eu antes descia a rua, na esperança de encontrar o amor.
                                  (como eu a queria ver) 
Deixei de a descer, para esconder e evitar a dor.
                                       (o acaso é cruel)
No novo caminho, desenvolvi um novo ardor.
                           (o destino é doce como o mel)
Agora subo a rua  para ver se encontro o meu amor.
                              (Ah, como eu a quero ver!)

Nisto tudo tenho pena dos países civilizados, onde existem regras de circulação nos passeios. Como é que se podem apaixonar numa rua se não existem encontrões?! 


p.s - A experiência é feita de erro.

Sem comentários:

Enviar um comentário