O Egoísmo de um cobarde.
Sei que anseias, ou, pelo menos tenho a
esperança de estares também em angustia por ouvires as palavras por mim há já muito
pensadas. Palavras revolvidas no meu caldeirão de sinapses confusas e revoltas pela atmosfera existencialista contemporânea, algo similar a
outros períodos já vividos; mas o passado é absorvido e não vivido, e é por
isso que a existência da humanidade é feita de ciclos repetitivos.
Certamente as palavras que eram as
correctas a reflexão é como o Cyrano que com o seu nariz de mentiroso nos sussurra escondido atrás de um
arbusto as palavras que tu queres ouvir. Muitos por pensam que o meu silêncio é
cobarde e absurdo, o que eles não sabem que o amor é belo quando nos dá força
para deitarmos tudo a perder para o conseguir, mas não sabem o quanto é cruel quando
o conhecemos numa altura em que já não se tem nada a perder.
Talvez a paixão me tenha tornado num vil
cobarde egoísta...
