domingo, 13 de maio de 2012

Bipole

O Egoísmo de um cobarde.

Sei que anseias, ou, pelo menos tenho a esperança de estares também em angustia por ouvires as palavras por mim há já muito pensadas. Palavras revolvidas no meu caldeirão de sinapses confusas e revoltas pela atmosfera existencialista contemporânea, algo similar a outros períodos já vividos; mas o passado é absorvido e não vivido, e é por isso que a existência da humanidade é feita de ciclos repetitivos.

Certamente as palavras que eram as correctas a reflexão é como o Cyrano que com o seu nariz de mentiroso nos sussurra escondido atrás de um arbusto as palavras que tu queres ouvir. Muitos por pensam que o meu silêncio é cobarde e absurdo, o que eles não sabem que o amor é belo quando nos dá força para deitarmos tudo a perder para o conseguir, mas não sabem o quanto é cruel quando o conhecemos numa altura em que já não se tem nada a perder.

Confesso que tenho tido mais derrotas que vitorias na vida e que elas me tornaram num cínico capaz de tornar Schopenhauer crente. As derrotas podem ter-me tornado mais forte, mas muito mais fraco na felicidade que devia ser o viver. E é por isso que prefiro guardar os versos nos livros que nunca foram escritos mas pensados, e talvez um dia quando o tempo me ter tornado indiferente os te direi. 

Talvez a paixão me tenha tornado num vil cobarde egoísta... 







segunda-feira, 5 de março de 2012

A bela da tasca



A Bela Tasca
Em Lisboa há sempre: 
A Bela da Tasca, 
que não é um tasco,
mas sim uma Leitaria!
O café da Dona Elvira,
fraco em calcio
e rico em bazookas. 
"Tornam os ossos em aço
o perfumado e modesto bagaço."

Os balcões e mesas 
sempre bem servidos,
de bem bebidos 
noctívagos
ases vagos 
das redondezas: 

Silva alucinado, 
o quinto "mosquiteiro"
sempre bem armado
em dias-de-chuva.
De fala turbulenta,
usava um preto pardacento
como vestimenta.
Assim na sombra trajado,
derrotou o Cardeal 
num dia de sol.

Toni bazookas
mestre do bagaço 
passava o dia a tombar,
sobreviveu graças 
ao endurecimento 
do esqueleto
proviniente do liquído.
Sozinho!
Morreu acamado, 
vitima do abafado.

A "femme fatale"
de becos escuros.
A maldita nora,
a que todos enoja
mas que à vista 
de uma fácil foda
muitos nobres filhos  
escondem a nódoa 
que medalha a camisa
No final fica dona da tasca!

p.s-  Falta o engenhocas, o sábio,    o casal bucha e estica