terça-feira, 27 de abril de 2010

Thoughts

Como passa o tempo depressa
quando a passada no tempo é feita sem pressa
na calçada do passeio do nosso passatempo.

 Leitura de hoje:


Jorge de Sena - Perigrinatio Ad Loca Infecta

DUPLA GLOSA
Para o Ruy Cinatti, em Timor,
pelo seu aniversário em 1952

«Não passam, Poeta, os anos sobre ti»
- eis o que tempo uma vez te disse.

Não é bem verdade; passam sobre ti
como por sobre os seres que percem.
Apenas sempre tu soubeste como
se vive no intervalo entre os instantes.

Os anos passam; mas, dessa passagem,
a permanente essência em nós se cumpre,
que para o testemunho só nascemos.

Mas de que tu? De ti? Do mundo?
Ou do intervalo em que te aceitas outro,


VELHO FRAGMENTO, ENCONTRADO 
                                  E COMPLETADO - 
               CONSELHOS À JUVENTUDE


Se, quando consentires,
consentes por metade
não tomes por virtude
a náusea que te invade.


Toma-a pelo que é:
desejo revoltado
por ser teu, sem que sejas
teu próprio corpo violado.



«DE UMA POESIA...»

em estilo do largo da Portagem,
em Coimbra


De uma poesia esperam
tanta cousa!
E logo desesperam,
se não ousa.


Mas a poesia nada tem com isso.
Ela não diz nem faz,
nem está sequer ao teu ou meu serviço.
Serão visões de paz,
aquilo que ela traz:
mas quanta guerra para falar nisso!


Uma só coisa ela será, se for
(e espera ou desespera,
conforme o meu, o teu, o nosso amor):
Inverno ou Primavera,
e sempre uma outra dor.


NOÇÕES de LINGUISTICA


Fumo névoa emanação
da boca: o dom da fala
o sentido sonoro
o gesto verbal
fuma da boca
exacto e vago
invisível
na china apenas a palavra.

                   *
Sinónimo
analogia
sentido paralelo
e o fumo - só na China -
impresso e desenhado
é som (conforme)
e conformado.


                *
Dor uivo silêncio
muda mão
crispada 
imagem
fumo na cabeça
nos olhos
confusa névoa
clarão
(na China não)
     
             *
Como que tranquilo escreves e pontuas
frases consentâneas com ideias
que frases consentâneas 
com ideias que frases con-
o fumo foi transcrito.


           *
A china parece que procedeu à reforma do seu alfabeto
                                                                            (dos jornais)
o vento varreu o fumo (dos dicionários)
e nós tão sânscritos tão gregos tão romanos
tão fonéticos morfológicos sintácticos
e sintagmátcos (que é mais)
sem ideogramas para o fumo
(das chaminés dos campos de concentração)
na ponta da língua
(de fogo dos foguetes nucleares)
que fazer?
         
            *
Ideogramemos



OS OLHOS DAS CRIANÇAS


Estes olhos vazios e brilhantes
que na criança se abrem para o mundo,
não amam,
não temem,
não odeiam,
não sabem como a morte existe.


São terríveis
Porque a vida é isto.

O amor, o medo, o ódio, a mesma morte,
e este desejo de possuir alguém,
os aprendemos. Nunca mais olhamos
com tal vazio dentro das pupilas.


São terríveis.
Porque a vida é isto.


E a ouvir isto:



E para acabar ver:







segunda-feira, 26 de abril de 2010

Bipole!!!


Tinha vindo cá fora por uns momentos, disse ele «tomar um pouco de fresco». A expressão era encantadoramente estranha mas elucidava a sedentária vida de um escriturário. Nem desta personagem falaria se a sua boca não fosse a primeira a pronunciar o nome do homem que viria a ligar-se indissoluvelmente à memória daquele tempo. O tipo, além disso, meteu-me respeito. Sim; respeitei-lhe o colarinho, os grandes punhos, o cabelo bem penteando. Realmente tinha o ar de um manequim de cabeleireiro, e a enorme desmoralização da colónia não conseguia tirar-lhe o gosto pela boa aparência. Ora a isto chama-lhe personalidade. Os colarinhos engomados e os peitilhos tesos eram provas de grande carácter. Vivendo ali há perto de três anos, não evitei perguntar-lhe como podia alimentar o hábito de vestir roupa tão branca. Cheio de modéstia e com um rubor quase imperceptível respondeu: - «Ensinei uma das mulheres indígenas do posto. Foi difícil. Não mostrava o menor interesse pelo trabalho.» Aquele homem, todo dedicado aos livros e autor de uma escrita primorosa, realizara na verdade qualquer coisa. 

Joseph Conrad - O coração das trevas

p.s - Viajar conhecer pessoas interessantes, Viajar sem conforto, viver o perigo, Viajar o tédio é meu inimigo; O que suspiro quando diariamente passo o tejo; Antigo país de navegadores, tornaram-se perdedores; afogados nas lágrimas do orgulho

Disorder!!!



"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?


 
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


 
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...



Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

José Régio 

Thoughts



Mulheres com vinte anos nunca sabem 
o que verdadeiramente querem 
- E depois?
Já não metem a carroça atrás dos bois?
- Bem depois é um nunca, mais esclarecido.
Já sabem como deve ser o boi,
mas com a carroça na frente.
- O que?! Não estas a ter nenhum sentido!

Doí na mente!
Mente não dói!

O homem primeiro pensa em sexo e só depois no amor.
A mulher pensa primeiro no amor e depois no sexo.

A dor do perplexo.
O perplexo da dor.

- Não estas a fazer sentido nenhum!
- E existe na relação algum! 

Homem e mulher, duas tintas,
muitas vezes distintas.
Um quadro querem os dois pintar,
de forma a seu amor eternizar.

Isto eu percebo,
mesmo que seja um placebo.
Ambos procuram um sentido
para o amor não ser dorido.

Doloroso é por vezes o caminho,
Na dança entre os dois está a compreensão!
especialmente se for feito sozinho.
Na dança entre os dois reside a salvação!
 




 
p.s - Um, Dois, teste, teste, som!, som!

Sorte
Vou-me deitar e contigo hoje não quero sonhos!
Por tua causa mais corcunda eu me sinto,
mais furos não há para apertar o meu cinto.
Ah! se ao menos de chorar fossem os meus olhos

A tua imagem cairia no chão, destroçada pelas lágrimas!
Por tua causa o meu pescoço anda paralelo à calçada,
resta soltar a minha intermitente tristeza nas rimas.
Ah! se ao menos não estivesses sempre escondida

Soprava-te palavras mais fortes que mil furacões!
Por tua causa agora vivo rodeado de maldições,
olho para tudo a tua procura como um paranóico  
Ah! se ao menos tivesse um problema crónico 

Tinha uma desculpa plausível
para novamente hoje sonhar
com a vida que parece impossível, 
sem o teu raro bafejar.

p.s - IADE CHIADO CENTER - sopra dai os teus bons ventos! -  

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Bipole!!!

Mal-me-quer, Bem-me-quer, Mal-me-quer!
Esta não valeu escapou-me uma pétala,
desta vez começo por bem-me-quer.
 Bem-me-quer, Mal-me-quer, Bem-me-quer!
Tenho de ter a certeza que ela gosta de mim,
mais uma vez.
 Bem-me-quer, mal,bem,mal,bem, Mal-me-quer!
A primeira não contou, melhor de três,
 Bem-me-quer, mal,bem, Mal-ups caiu,
deixa cá ver, qual vou escolher:
este está murcho, este é complicado é muito florido,
este pelos bichos foi carcomido.

 Um malmequer perfeito,
tenho que encontrar,
mais formoso que um Serafim,.
Um malmequer que faça jus à beleza
da minha princesa.

Cada pétala é uma cega lança
No seu desfolhar reside a esperança,
do meu sonho não ser desfeito:
de vir a ser o príncipe encantado
desse ser alado. 

  
Bem-me-quer, mal-me-quer, Bem-me-quer!

Como diferente eu seria
se o meu infantil frondoso caminho
fosse feito sozinho
sem a companhia
da minha donzela
e o justo malmequer
para o seu amor testar.

Disorder!!!


Thoughts

Um dia farto
Olhóóó diploma fresquinho, o próximo futuro do rapazinho!
 
Escutei, Pensei e Criei
 Teatro como a vida é efémero.
A escassez leva a imaginação!
Vive-se em pleno a criacção
se ela for feita de estômago vazio,
a imaginação torna-se visceral.

Tal como a vida, a escassez de material
a torna mais verdadeira, mais crente
do que aquecida pelo metal do tostão frio. 

Simpatizo com Grotwsky e o seu teatro pobre
concentrado no actor nobre,
não disfarça a pobreza do espectáculo com adereços 
como alguns burros na vida a disfarçam
com apetrechos a altos preços. 


Eu tenho dois amores
 Eu tenho dois amores!
A poesia, com os versos faz-me viajar.
A prosa conselhos dá-me sobre que rumo tomar.
Nunca são dissabores!
 p.s - para não me processares Marquito, aqui digo que as tuas músicas cantarolei, algumas tuas e a do josé malhoa «ponho 24 rosas numa jarra»

Mais um livro com alguns cantos dobrados acabei hoje, mais umas lições, mais umas conversas travadas, pensamentos trocados. Comportamento que muitos podem achar paranóico, mas estas conversas imaginadas são muito mais interessantes que muitas que eu tenho na vida real.
- Então estás bom? 
- Sim e tu? 
- Vai-se andando, também agora está sempre a chover. 
- Sim, mas eu até gosto de levar com umas gotas de água na cara, assim uma vez por outra.
- Pois...  - faz-se aquela incómoda pausa que tantos cigarros a vida já consumiu e muitos buracos na biqueira dos meus sapatos já abriu.
- Eu até podia meter conversa com este gajo, mas não me apetece falar sobre futebol, ainda por cima o gajo é do benfica e não me apetece dar uma de bicho social. penso nisto enquanto olho para a marcação do meu livro e as conversas que ainda me restam com ele.
Olha, vou ali trocar umas ideias com o O'Neill.
- Quem é? Não conheço.
- Ele é um tipo sincero, um gajo verdadeiro, directo que não gosta muito de merdices. Qualquer dia apresento-te. Até logo!
- Ah, até logo.

E agora uma dobra:
Uma arte do pormenor
ou um preâumbulo para os desatentos


No chamado consenso geral (ou público) uma das aparências que alienado ainda reveste é a de poeta. A lua, a própria lua mudou de carreira. Ontem o lugar-comum de deliquescências e de mistérios de pacotilha; hoje, biscoito para astronautas - a lua já ganhou o seu estatuto. Bem o merecia essa picada das bexigas, coitada! Quanto ao poeta, temos conversado...
Não é agora que principiamos a conversar.
Pode acontecer que o poeta se desacerte ao abotoar-se, diga «perdão!» quando é pisado por vocês, faça uma declaração de amor a um marco do correio, não saiba ganhar a (vossa) vida... Pode acontecer. Mas acautelai-vos: o poeta é um distraído terrivelmente atento. A sua distracção é pura economia. Apostado em caçar o essencial, o poeta resvala de olhos vagos pelo que já viu e reviu. Ele sabe que até morrer nunca mais terá tempo. Como quereis que perco o tempo que não tem - convosco? Ou melhor: com aquilo que, em vós, é mero ornato repetido até à náusea?
Que sois (muitos de vós) dolorosamente grotescos, que as vossas mulheres (venham as excepções!) não passam de «tristezas sobre pernas», que olhais uns para os outros com o ar de quem vê uma desalentada excrescência de si próprio, que os vossos filhos só garantem no pior dos casos, a sobrevivência da vossa espécie - tudo isso (e não é pouco!) o poeta já sabe e ressabe.
Já estou daqui a ver um senhor (há sempre «um senhor», pelo menos, que pode ver-se daqui»...) a levantar contra mim acusação de anarquizante ou passadista. Pois se ele até há poetas perfeitamente integrados numa vida normal! Desconfie, senhor, desconfie! Ou não são poetas ou integraram-se na vida «normal» para, distraidamente, o observarem a si...

Eu não sei quem inventou a graça de que Nicolau Tolentino foi um crítico amável dos costumes do seu tempo, mas o certo é que a graça corre. Provavelmente, achou esse inventor (que poder ser muita gente) que o Poeta devia ter ido mais longe nas suas críticas ou adoptado, nelas, uma atitude mais frontal.
Da amabilidade de Tolentino formamos, com certeza, conceitos diferentes, eu e o inventor da graça. Quanto ao dever ir mais longe, não sabemos que baliza o Poeta teria fixado para si mesmo, se é que fixou alguma - não é verdade? Apoucá-lo por atitudes menos frontais é ignorar o que significa ser um poeta faceto.
E aqui chegamos ao ponto essencial destas notas para desatentos...
Primeiro, avise-se quem for de avisar, que passados quase duzentos anos sobre o homem Tolentino, já é tempo de dar ao Poeta o pleno direito às suas contradições... (Ninguém se lembraria, hoje, de afirmar, por exemplo, que François Villon foi um grande poeta mau grado a prosaica circunstância de ter sido salteador de estradas...)
De «pedinchão» a fustigador «amável» dos costumes, Tolentino tudo aguenta. Deixem-no, pois, em paz - e leiam-no...
E leiam-no como dever ser lido: como consumado artista do pormenor concreto, que é assim que eu entendo Tolentino, o faceto.
Entre a anedota e o pormenor concreto, entre o fugaz e o típico, entre o que vale para o círculo-de-amigos e o que fala aos contemporâneos (e, por «vingança» no tempo, aos vindouros) que partido «tomou» Tolentino? Fácil teria sido quedar-se o Poeta na simples gazetilha dos sucessos do seu dia a dia. Pela rama é que se fala do bosque quando não se quer ver o bosque. Apertado por mesquinhas circunstâncias duma vida que ele parece ter desejado viver sob o estatuto da «normalidade», Nicolau bem podia haver (mal) optado pela tal amabilidade que lhe assacam os que de «brutalidade» não entendem mais que o palavrão ou agressão frontal. Mas Nicolau tinha as suas subtilezas, os seus vieses. Foi assim que soube preservar, no meio das insignificâncias dum quotidiano sem relevo, uma visão implacável e irónica da sociedade do seu tempo. Objectar-e-á que ele fez uma crítica movida de cima para baixo, uma crítica de galarim para a plateia, mas Honoré (de) Balzav - e abstraímos da salvação das devidas proporções - que teria feito? Se o ponto de vista donde a visão procede é importante, a objectividade da visão não é o menos.
À consciência da fugacidade do tempo, da transitoriedade de tudo, pode reagir-se de infinitas maneiras. A minha pessoal maneira de reagir (e peço perdão dela vir ao acaso) é a amarração ao efémero do tempo e do sítio em que, por insondáveis carambolas, me é dado a viver. Mas o efémero que representa o meu aqui-agora e que eu, muito humanamente, desejo fixar (com todas as suas - e minhas - contradições, opcções, lutas, etc.), tem o seu peculiar décor, os seus adereços, as suas típicas personagens, a sua acção, os seus dizeres. Se eu não me pormenorizar neles, ao mesmo tempo deles tomando distância mediante uma operação de sobrevivência chamada ironia, que testemunho darei a mim mesmo (a mim mesmo como consciência angustiada da efemeridade da minha vida) do tempo-sítio que é o meu para mim? Ora é precisamente esta consciência angustiada que eu julgo ver por detrás da pachorra tolentinesca e do seu culto do pormenor concreto. Não se trata de arqueologia, mas de poesia. A arte do pormenor, em Tolentino, se nos pode dar muitas indicações pitorescas sobre o quotidiano da época, dá-nos com certeza, muito mais, a cosmovisão do Poeta.
Não cabe nos limites do preâmbulo, nem nos da minha competência, explorar mais a fundo esta direcção. Nicolau Tolentino pede leitura-de-linha-e-entrelinha - ele que preferiu viver sob a capa de estatuto, que se integrou na vida «normal» para, distraidamente, nos observar a nós, como fomos e vamos sendo...
«Alienado» ou com estatuto de homem «normal». o verdadeiro poeta sabe, com o Mestre Tolentino, que:
«Não nasce homem para si.»
Prefácio a Obras de Nicolau Tolentino d'Almeida,
Estúdios Cor, Lisboa, 1968, pp IX-XXII.

p.s - Um lobo que consegui ser matreiro.

Diálogos I
Com o esclarecido Henry Miller 
longos serões teria, 
o tema claro sobre mulheres seria,
ao qual mais tarde a nós se juntaria,
o já torto irreverente Charles Bukowski,
com mais uma garrafa de whisky
embrulhada debaixo do braço,
porque entre homens como nós o álcool nunca pode ser escasso.
As mulheres depressa se tornariam perversas,
só no fundo da garrafa já bebida 
é que iríamos admitir que elas foram as nossas musas.
Eles iam-me obrigar, pela minha escrita jurar 
que aquilo nunca dali sairia - «isto é se queres
mais alguma vez cá voltar!»
- Juro! Mas quem jura é quem mais mente.
- «Cabrão!» - responderiam os dois em uníssono 
«- Ah, não faz mal esse amor na nossa escrita esta presente.»
- Sim um amor diferente, e quase sempre demente.
Mas falemos de outra coisa, antes que o álcool fique azedo, 
e as nossas estridentes gargalhadas,
mudem de sintonia para valentes batatadas.

Achh... já chegou a fase em que não se sente o atropelo
do precioso e perigoso líquido amarelo.
Mais um copo e fico sem medo!


p.s - hmmmm

O miúdo endoideceu!!! 
 


p.s - Hmm, eu sei que já postei isto, mas foi aqui ou no facebook, cucooo! (e também acho que falei que penso que deve ter sido daqui que o nome do Dexter foi retirado) E para os ouvidos menos atentos, o principio da música está misturada com o inicio da música do Lawrence da Arabia, outro alter-ego. Bem vou-me embora senão hoje não paro!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Bipole!!!

Disorder!!!

Thoughts

Personalidade
Duas pessoas deitadas, sentiam o agradável tutucar da relva, amoleciam as suas preocupações ao sol  e sonhavam com o passar das nuvens.  - Sim um cliché, mas a vida é muitas vezes um cliché,  do qual todos fazemos parte, podemos é construir diferentes clichés através da nossa imaginação.
- Vamos inventar umas personagens?!
- O que! Deixa-me apreciar o lento passar do tempo.
- Então criemos lentamente.
- Vamos lá senão nunca mais te calas e o tempo continua lento mas nada agradável.
- Aceleremos o tempo então! Como é que se criam personagens?
- Ahh... acho que primeiro definimos a sua personalidade.
- Boa, boa! E como é que isso se faz?
- Bem... existem vários aspectos que podem definir uma personalidade.
- Quais, quais?
- Suponho que... a nossa complexidade física seja um aspecto importante é a primeira coisa que mostramos ao mundo, observarmos primeiro o nosso reflexo e só depois é que aprendemos a falar. 
Por exemplo as pessoas que passarem pelo caso do patinho feio se elas não se tivessem tornado cisne tinham-se tornado personagens completamente diferentes ou o cisne ter-se tornado patinho feio, a mesma coisa entre magros e gordos.
- Qual é a personalidade dos gordos?
- Arghhh! Olha vou rebolar para aquele canto, não me chateies mais.
- Estranho, pensava que rebolar era uma característica da personalidade dos gordos. Se calhar a personalidade não é um cliché!

Para os psicanalistas, a elaboração deste esquema corporal faz-se por intermédio da imagem virtual do próprio corpo, que a criança observa no espelho e que constitui um "estádio" fundamental da sua elaboração psíquica e da formação da sua personalidade. (Melanie Klein, Henri Walton, Jacques Laen, Christina Metz- Le significant imaginaire. UGG 1977)

Bipole!!!

 
O Lobo matreiro vestiu a pele de cordeiro,
de forma a parecer que era ordeiro.
Uns tempos queria experimentar a vida no rebanho.
Mas há raça mais maliciosa que os cordeiros?!
Quando deu por isso o Lobo disfarçado
enganado pelos caprinos porreiros
numa panela foi parar 
por pensar que ali ia tomar
um relaxante e quente banho.
  Coitado no tacho, já está a ser cozinhado!
Como já dizia o Sargento Turra:
«Porreiro vem de porra»
Esfolado foi, pobre logo selvagem,
domesticado na sua inocente viagem

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Disorder!!!

Controlo e Avaliação de Marketing
Introdução (rascunho;trabalho) - Importância de medir as actividades de marketing, forma de suporte e justificação às medidas tomadas, também é uma forma de mostrar o respectivo que essas medidas tiveram para o crescimento das vendas e crescimento da empresa; o marketeer não ser mais visto como o "bon-vivant", que só quer dinheiro para gastar em anúncios. 
São uma importante ferramenta de controlo avaliação e monitorização das acções empreendidas pelo departamento de marketing. Devido a polivalência da áreas onde actua o marketing, existem vários tipos de métricas, desde a financeiras, comunicação, marca etc...

 

Thoughts

Sente
Pensar em demasia 
provoca muita azia.
A mente esvazia,
antes que a vida se torne paralisia.

Vaza os balões das preocupações,
esquece as passadas desilusões.
Enche as paixões, bebe as suas poções,
não te preocupes com futuras ilusões.

Do que vale passar pela vida melancólico!
Do que vale de tristeza, seres alcoólico!
Viver a vida sempre problemático,
para no fim receber o toque do ser apático. 

Vive para ouvir o teu sorriso!

Ri como um estúpido
até o estômago ter ardido
o ser estapafúrdio 
que da tristeza fazia gáudio.


Vive para tocar a tua grandiosidade!

Capitalista gracioso 
Artista grandioso
Nenhum dos dois é obtuso 
se inteligente, aos dois dá uso

Vive para cheirar a tua felicidade!

Gostares de ti não é ser arrogante.
Nenhuma existência é insignificante,
Aprecia o teu destino errante,    
descobre o seu interessante.

p.s - a brincar com terminações similares, ginasticar!!! 

Já me tinha esquecido, que a vida é para ser vivida com LOUCURA: